A História De Um Homem Com Tesão

24 05 2011

– Entra no carro.

– Não! Vou de ônibus.

– Nem tem ônibus ainda.

– Vou a pé então, mas nesse carro eu não entro.

(15 metros adiante e a paciência indo pro espaço, tive que intervir)

– HEY! Vocês dois. Ela não quer entrar no carro e Ele não vai parar de te seguir enquanto você não entrar no carro. Acho melhor um dos dois cabeças-duras-teimosos-pra-cacete dar o braço a torcer pra gente acabar logo com isso. Usando o bom senso, verificando o adiantado da hora juntamente com a periculosidade das 3 andando por aí sozinhas, sugiro que vocês entrem. A gente deixa vocês sã e salvas em casa e vocês discutem depois, pode ser?

Ela entrou no carro com as 2 amigas no banco de trás. Ele foi dirigindo. E eu no passageiro co-piloto, sem entender porra nenhuma do que estava acontecendo. Sério. Não sabia de nada. Eu perdidão e a garota com quem estava também não soube me explicar. Estávamos meio entretidos na hora do ocorrido – se é que vocês me entendem. Só vi que tava rolando um stress e que tinha a ver com uma das outras duas meninas. Meu parceiro dentro do carro com cara de bunda mandou um: “Depois te explico” Achei estranhasso. Afinal de contas,  até onde eu sei, tava todo mundo se divertindo. Aliás, se divertindo pra caralho!

O trajeto era rápido, normalmente coisa de 10 minutos. Dentro do carro, todos naquele silêncio absoluto. Eu fui o caminho inteiro me controlando para não soltar um “ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE TA ACONTECENDO AQUI!? PORRA!” Achei melhor esperar e fui mirabolando umas teorias de o que ele tinha feito pra deixá-la assim tão P da vida:
– Sugeriu uma troca de casais, ela ficou puta contou pra amiga que também ficou puta e aí FODEU TUDO;
– Tentou “engatar na traseira”, ela disse não, ele retrucou “porra, vai regular a merreca?” ela ficou puta e aí FODEU TUDO;
– Foi ao banheiro, encontrou a outra amiga no corredor, perguntou se ela não tava a fim de por “azaranha pra brigar” no quarto com a amiga, ela contou pra amiga que ficou puta e aí FODEU TUDO;

Eu já tava curioso pra cacete pra saber que merda  tinha acontecido, não via a hora delas descerem e ele poder finalmente me contar.
Enfim, chegamos e as duas protagonistas da história saltaram sem dizer uma palavra. Voltamos e ele finalmente me contou e… vou falar que… eu quaaaase acertei.

Mas antes de contar o que houve, vou trazer o cenário a tona pra vocês:

Verãozão. Sábado a noite. Música. Bebida. Muita bebida. 3 mulheres. E 3 caras.

A história até então era, esse meu parceiro ficava com uma e eu ficava com a amiga dela. Time fechado. Alguns sms e a noite estava combinada. Só que, especialmente nessa noite, apareceu mais uma amiga na história. Sendo assim, éramos só 2 para as 3. O que seria até BEM interessante, mas que não era o caso. Não dessa vez. Ou seja, era NECESSÁRIO empatar esse time. Sem problemas. Tínhamos o cara-de-pau perfeito pra esse tipo de missão. Matemática resolvida. Por enquanto.

Como disse anteriormente, o time estava fechado, então essa amiga avulsa aí foi pra cima do nosso parceiro cara-de-pau, até porque ela tinha acabado de voltar para o mundo das solteirices e como ela mesma disse, estava no estado civil: tocando o foda-se.

Tá, confesso, essa amiga aí era gostosinha(sabe como é né, carne nova). Ela bebia, dançava e rebolava deixando aparecer um pequeno grande detalhe aos nossos olhos, uma lingerie novinha e VERMELHA. Bom, o que eu posso dizer? Essas coisas mexem com a imaginação dum cara. Eu e meus camaradas não falamos uma palavra, mas nem precisava também. Sabíamos bem o que se passava na cabeça uns dos outros.

Imaginação à parte, a noite desenrolou como o previsto, cada um com uma. Não demorou muito para a recém-solteira se atracar com o nosso parceiro cara-de-pau. Inclusive, foram os primeiros a “fugirem” prum dos quartos. Algum tempo, drinks e danças depois foi a minha vez de deixar o recinto e ir prum local mais reservado.

O que eu sabia até aí era: 3 casais em 3 ambientes diferentes da casa se divertindo.

Alguma hora da madrugada, não me lembro bem, saí do quarto rapidinho para ir até a cozinha recarregar, sabe (água, um pouco de carboidrato, enfim). No meio do caminho, para a minha surpresa, eis que encontro o cara-de-pau vendo TV na sala, sozinho.

– E aí, cadê? Perguntei.
– Ah, tá lá no quarto DORMINDO.
– E os outros dois?

Não precisou nem responder. Digamos que o outro casal não era nenhum pouco discreto, dava pra ouvir de longe, aquele barulho de carne baten…..ah! vocês entenderam. Enfim, deu pra notar que eles tavam bem empolgados, mandando ver no quarto onde a senhorita recém-solteira-da-calcinha-vermelha estava “supostamente” dormindo.

Recarregadas as energias, voltei para o meu quarto para continuar o que eu tava fazendo (não vem muito ao caso, mas que GOSTOSA) e algum tempo depois, alguém bate na porta. Era ela, a dorminhoca-da-calcinha-vermelha, chamando pra ir embora, assim, de repente, DO NADA. Eu, como cavalheiro que sou, me vesti, saí do quarto e deixei as duas sozinhas ali conversando. Em seguida, entrou a outra amiga no quarto – a barulhetinha. Pronto. As 3 no quarto, confabulando – coisa boa não havia de ser. Elas saíram do quarto vestidas (shit!) querendo ir embora, com cara de poucos amigos. A essa altura, o nosso amigo cara-de-pau já tinha dado game over lá na sala. Éramos só nós 2 contra as feras!

Foi aí que começou aquele embate todo para que elas entrassem no carro e as levássemos embora.

Hora da explicação. Vou contar a versão dele para o que realmente aconteceu.

Sim, estavam os 3 lá no quarto(ele, a barulhentinha e a amiga dorminhoca-da-calcinha-vermelha), embora fosse impossível dormir com o barulho que aqueles dois estavam fazendo. Barulho esse, que convenhamos, dá um puta TESÃO vai. Segundo ele, já que ela estava ali do ladinho deles no mesmo quarto, ele imaginou que ela estivesse doida pra cair dentro também. Óbvio que ele fantasiou um ménage à trois.

Mas não rolou. Ela continuou lá estática. “Dormindo”. Depois que eu já tinha voltado para o meu quarto, após recarregar as energias, ele saiu para tomar uma água e deixou as duas no quarto. Voltando para o quarto, ele encontra a amiga-da-calcinha-vermelha no corredor querendo saber onde fica o banheiro. Ele (muito fiho-da-puta prestativo) segurou em sua mão e a guiou até a porta do banheiro. O detalhe é que ela NÃO soltou da mão dele. Tudo bem que eu sou safado, mas isso, pra mim, pareceu um convite. E de fato era. Sem largar a mão dele, eles entraram no banheiro, ela abaixou a roupa e sentou pra fazer xixi ali mesmo, na frente dele. Ahh, não precisou de mais nada, ele fez o que qualquer solteiro-cheio-de-tesão faria numa situação dessas – trancou a porta e foi pra cima dela, porém, num surto de consciência tardio, ela se esquivou, fez que não e saiu do banheiro. Vai entender!? A merda é que não satisfeita, ela voltou pro quarto e contou para a amiga sobre o incidente, ocultando, é claro, o detalhe de que ela tinha sido uma safadinha e entrado de mãos dadas com ele no banheiro.

Resumo. A garota que ele estava ficando ficou PUTA, sentiu-se desrespeitada(lógico), enojada e etc. Quando ele voltou para o quarto, ela já estava diferente e ele percebeu A MERDA que ele tinha feito. Ela só perguntou pra ele se aquela história do banheiro era verdade. Ele disse que sim. Só. Sem fazer barraco, sem discutirem, sem NADA, ela simplesmente levantou-se, pôs a roupa, pegou suas coisas e foi, com a safadinha da calcinha vermelha, chamar a outra amiga. Só o que ela queria era ir embora dali.

Óbvio que ele cagou no pau com ela.

Ele foi um FDP com a garota. Ela não merecia. E tá, eu não sou nenhum exemplo de conduta também. Mas a verdade é que se fosse comigo, mesmo eu também estando muito bem acompanhado no outro quarto, não sei se teria feito diferente dele não.

Hasta…





Estilo Lobo

25 04 2010

Como costumam dizer por aí: um dia é da caça, o outro do caçador. Há sempre um bom provérbio para ilustrar algum momento das nossas vidas. E eu vou contar o porquê de eu citar este, em específico, nesse post de hoje.

Solteiro que sou, gozo de um instinto aventureiro, livre, audacioso e bem aguçado de caçador. Não me acomodo facilmente, confesso que sou inquieto e adoro desafios. Muitas leitoras me chamariam antecipadamente e até preconceituosamente de CACHORRO, safado, sem-vergonha, cafajeste, galinha ou outras denominações jocosas do tipo. Esse instinto de que falo é o que resolvi chamar de ESTILO LOBO, Continue lendo »