Vamo falar de sexo! parte III

18 07 2012

Por Ana @_tequilla_

Quando chegou ao meu e-mail esse convite pra escrever sobre sexo usando a “visão feminina”, senti um frio na espinha. Falar de sexo é fácil, mas falar de sexo de acordo com visão feminina é como me pedir pra explicar a lógica dos números binários. Mas ok, eu posso tentar. Mentira, vou só falar o que se passa na cabeça de uma mulher com um cérebro 80% masculino. Oi.

Tentei me concentrar no assunto, mas eu viajo demais, rs. Gostei de pensar sobre isso.

 
Vamos lá! Claro que falar de sexo não é tão legal quanto praticá-lo, mas eu não acho que exista um abismo tão grande entre uma coisa e outra. Na verdade, depende de como e porque se está falando, certo? Não estamos numa dissertação sobre sexualidade, nem num conto erótico, mas quero concluir o raciocínio. Nada supera o arrebatador atrito entre corpos (quase Shakespeare e Einstein ao mesmo tempo, hein?), claro. Mas aquela pessoa que sabe usar as palavras quando a presença física não é possível, e o faz de forma deliciosamente explícita, chega a ser tão boa quanto aquela pessoa habilidosa com a língua, rs. Eu particularmente não gosto de falatório durante a transa, não é excitante pra mim (aliás, sou tão durona que nem gosto muito das preliminares, comigo é chegar e partir pro ataque), mas quando o assunto for “falar”, fica muito melhor quando o objetivo final é a tal auto-satisfação, e aí pode ser adoravelmente enriquecedor, rs. 
 
Sexo é um grito da natureza. Natureza, sua linda, não precisa gritar já que você decidiu que o sexo seria a coisa mais incrivelmente prazerosa que nós humanos seríamos capazes de fazer nessas nossas vidinhas medíocres. Viver só vale a pena por uma coisa: sexo. Freud dizia que a libido é a razão de tudo: somos movidos basicamente por impulsos sexuais, desde os primórdios da humanidade. Ferrou quando veio a sociedade (não, foi quando veio o cristianismo mesmo) e propagou que tudo era pecado. Ai, que brochante eu falar nisso.. me desculpem.
 
Voltando ao que interessa… Eu faço uma pequena distinção. Pra mim há sexo, e há o sexo de quatro. O sexo por si só é uma experiência deliciosa, mas, nossa, se o cara me colocar de quatro, me segurar pela cintura e se enfiar em mim com força, me puxar pelo cabelo, e me bater (até no rosto, porque não?), aí eu fico louca de tesão, perco o autocontrole e fico completamente entregue… Tem sensação melhor do que estar completamente entregue a um cara doido pra te foder? Ainda não conheço, rs.
Em outras posições também rola, mas quando um homem pega uma mulher de quatro, ele instintivamente dá vazão à toda aquela agressividade própria dos homens. Tem todo um lance inconsciente de dominar a parceira, porque ali, naquele momento, ela pertence a ele, e ele vai fazê-la compreender isso ainda que seja na base de uma certa violência. (Pronto, já fiquei excitada. Porque diabos eu não posso escrever sem imaginar? ¬¬).
 
Aproveitando a analogia do nosso amigo-solteiro-responsável-pelo-blog, já notaram que os animais só copulam nessa posição? Rá!
 
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Eu honestamente não entendo porque as pessoas querem transformar o sexo numa coisa, sei lá, espiritualizada, metafísica, ou pior, romântica. Sexo é só sexo. É só corpo. Não precisa ser mais do que isso. Aliás, quem quer que seja mais do que isso? Eu não. Eu simplesmente gosto de dar. Eu gosto de sentir o cara pulsando dentro de mim, gosto de chupar e imaginar o quanto certas pessoas ficariam horrorizadas se vissem a vontade com que eu faço isso, e gosto especialmente de sentir o tremor dele quando atingimos o ápice da transa. Que me perdoem os vigilantes da moral, mas não tem nada mais lindo que sexo bem feito.
 
Tava pensando, eu gosto das experiências meramente humanas. Acho válido toda a coisa das drogas sintéticas e tal, e o sexo é a melhor delas. Amo um escritor chamado Aldous Huxley, vocês devem conhecê-lo pelo famigerado “Admirável Mundo Novo”, mas num outro livro ele diz assim: “Há uma certa afinidade entre as emoções mais violentas. A cólera modula-se muito facilmente em luxúria agressiva, e a tristeza, se me é dada a ocasião, fundir-se-á quase imperceptivelmente na mais deliciosa sensualidade”. Me perdoem por esse surto filosófico, mas esse trecho diz MUITO em poucas palavras.
 
Nosso amigo blogueiro disse que o “sexo tem que ser sujo, mesmo sendo limpo”, e eu cheguei bem perto de um orgasmo quando li essa frase, rs. Pra mim, se a coisa não for desesperadoramente dirty, não é sexo de verdade. Se é pra fazer uma coisinha light eu não faço. De fato não há nada mais sujo do que sexo. Mas esqueceram de dizer que é precisamente isso o que o torna irresistível, rs.
E sabem qual a melhor coisa no sexo? Você nunca enjôa. Não é como aquela torta de chocolate com cereja que você vai passar meses sem nem poder sentir o cheiro. Eu posso estar esgotada de tanto DAR, mas não vou negar um próximo round.
 
E pra finalizar, não me venham com essa de “sexo romântico”, sexo com amor, e blá blá blá. Sexo e amor são incompatíveis. E antes que me apedrejem, permitam-me explicar o ponto de vista.
 
Seguinte: “fazer amor” é um porre. Eu não faço amor. Eu só faço sexo. E isso independe de estar com um cara por quem eu tenho algum afeto ou um cara que simplesmente me tira do sério de tanto tesão. Aliás, já notaram que a pessoa que mais te excita é exatamente aquela por quem você não sente nada além de atração física? Porque será? Deve haver alguma razão social inconsciente, e… (ok Ana, foco). Bom, eu separo sexo de amor ainda que esteja transando com um cara que eu ame. Funciona assim: eu amo o cara, mas na hora do sexo eu dispenso isso, e transo como se a única coisa que nos unisse fosse aquilo, e mais nada. Há quem diga que sexo por sexo é bom, mas sexo com amor é melhor. Particularmente acho que o amor atrapalha na hora do sexo. Me lembro do meu último namoro, nossas transas eram maravilhosas, acho até que só ficamos juntos tanto tempo porque éramos bons nisso, rs. Bom, eu me lembro de uma vez em que, já quase no auge, ele começou a diminuir o ritmo, e disse: “Eu te amo, princesa.”… – Você o quê?? ¬¬’ Sim gente… é lindo, mas caramba, não dava pra esperar a gente terminar?? Não me interpretem mal, claro que o amor é importante, mas na boa, se houver amor na relação, deixa pra depois, durante a transa eu não quero ser sua princesa. Não quero ser nada além da sua putinha. Então por favor, trate-me assim. 😉
 
É isso!

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2 responses

19 07 2012
Agatha

Eu tbm considero sexo e amor incompatíveis. Vc pode fazer um sexo muito bom com alguém q não ame e um morninho com seu príncipe encantado. Amei um cara uma vez, o sexo era uma merda, mas achei q como amava tínhamos que nos casar. Deu numa merda maior ainda e nos separamos.
E por ironia do destino estava, a pouco, mantendo uma relação baseada em sexo. Sexo de qualidade, sem pudores, memes e toda a chatice de romantismo. E hoje tô gravida do cara, lóóógico que assustou e me fez pirar, mas olhando por outro lado, vejo que nos damos muito melhor do que quaisquer outros casais, temos a química que temos no sexo em toda nossa relação. E achamos bem mais provável que fiquemos juntos e dê certo do que esses casaizinhos que acham que até os signos tem que combinar.
Se amor de pica bate e fica, o meu vai durar bastante tempo. Kkkk

18 07 2012
P.F.

Nossaaa ameii!!!… sexo é sexo… Amo fazer sexo com meu namorado, largo tudo quando o encontro. Vivemos em faíscas, pegamos fogo juntos… Cansaço – esta palavra não existe em meu dicionário.

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